sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Resignificando

Vim tirar o pó do blog. Passar um pano não bastava. Precisava escrever...
Certa vez em uma de minhas consultas na terapia, minha psicóloga usou uma palavra que eu desconhecia o significado. Na época eu não conseguia me libertar de alguns sentimentos presos em minha alma e de algumas pessoas que não andavam cabendo em minha vida emocional. Foi então que escutei dela que eu precisaria resignificar. Coisas, pessoas. Deus. Meu passado. Minhas memórias. Acontecimentos não tão passados assim.
Comecei então a entender que não poderia mais mudar aquilo que havia acontecido. Eu não tinha esse poder em minhas mãos. E eu sofria. Porque simplesmente eu queria mudar. Eu queria esquecer.
A partir do momento que consegui internalizar essa palavra e o quanto ela significa, modifica, liberta e transforma, eu passei a ter mais entendimento da vida.
Entendi que resignificar era o que eu mais precisava. Era na verdade tudo o que eu precisava. Era algo essencial para que eu pudesse continuar minha trajetória, minha caminhada espiritual. E era também a chave para a minha liberdade. Para que eu pudesse desapegar de pessoas e sentimentos, libertando-me de pensamentos que não acrescentavam nada em minha vida. De culpas, que muitas vezes nem minha eram.
Eu precisava desapegar...
Resignificar...
Resignifiquei amizades, sonhos, pensamentos. Resignifiquei minha imensa imaturidade em lidar com problemas familiares que muitas vezes não me diziam respeito.
Eu precisava entender que minha trajetória é cercada de obstáculos e desafios. E está tudo bem, isso faz parte do meu crescimento. Do nosso crescimento.
Entendi que para continuar em frente eu precisava dessa palavra. Eu precisava reconstruir. Reviver e acima de tudo, recriar.
Eu não posso mudar o que aconteceu, mas posso dar um novo significado à tudo ao meu redor.
Posso buscar fazer as pazes com o meu passado.
Dando assim leveza à minha existência e as minhas relações.
Encontrando beleza nessa linda liberdade de poder enxergar o mundo como eu realmente quero e gosto de ver.
Beijos,
Lola