Eu sempre penso que a gente veio a esse mundo para sermos felizes. E até onde sei, só temos essa vida para desfrutarmos dessa felicidade ou de dias felizes.
Acontece que quando a vida adulta inicia, iniciam- se também as preocupações, os medos. Surgem as comparações. As frustrações. As contas. E dar conta. De tanto.
A vida adulta é uma mar de incertezas e um abismo de interrogações. Talvez a melhor maneira de seguir em frente é não criar grandes expectativas. Já diria a letra encantadora da música Tocando em frente
“ cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom ser capaz. E ser feliz.”
A gente sabe tão pouco. Quase nada. Viemos para aprender. Para somar e dividir. E sentir.
A vida é uma viagem de trem. A gente vai seguindo em frente e encontrando algumas pessoas no caminho. Outras descerão na próxima estação. Sem ao menos se despedir.
Seguindo em frente a gente vai descobrindo quem desce e quem fica.
Eu, reflexiva. Perceptiva. Curiosa. Sensitiva. Mas acima de tudo verdadeira. Sou minha melhor versão possível. Dramática, caótica, mas real.
O mundo precisa mais de pessoas verdadeiras, não de pessoas ricas e competitivas. Isso já tem demais. E cansa.
O que realmente importa nesta trajetória incrível que percorremos?
É quem fica…
Quem fica depois que a festa acaba…
Quem fica depois da tempestade…
Quem fica depois de uma crise de choro…
Quem fica depois das dificuldades e te estende a mão sem querer nada em troca. É quem não julga.
É quem te escolhe. E acolhe.
Viver é isso. É tentar se equilibrar o tempo todo entre nostalgia, lembranças e vivências.
É tentar driblar nossas emoções entre mim, eu e você.
Mas acima de tudo, caminhar ao lado de quem fica.