segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O amor pela escrita

Nunca fui a melhor da sala. Nem a segunda. E nem por isso deixei de ser feliz e aproveitar a minha infância e juventude. Também não era punida pelas notas não tão boas. Meus pais confiavam em mim.
Mas para que punir por uma nota baixa? Será que castigos aos montes resolvem o problema de uma nota baixa?
Eu sou adepta do "vamos estudar mais da próxima vez. Você vai conseguir, confio em você."
É o que eu falo para o meu filho. E ele sempre consegue.
Ele também não é o melhor da sala para a minha alegria. Mas está sempre antenado. As vezes eu corto o vídeo game, isso realmente não fará falta na vida dele. Mas dar castigo, tirar tudo e deixar a criança só estudando também não vai resolver. As responsabilidades existem e precisam existir, mas os bons momentos da vida, as brincadeiras de criança não podem e não devem ficar esquecidas. Só se é criança uma vez. Infelizmente.
As frustrações fazem parte da vida, e que bom que as vezes nos frustramos com alguma coisa. Que bom que temos que correr atrás de algo para melhorar. As vezes é bom fazer um dieta e perder uns dois quilos. As vezes é  bom excluir pessoas vazias de nossa vida, as vezes é bom parar, olhar para o espelho e saber quem eu sou, o que quero para minha vida, como eu me vejo e de que maneira posso melhorar como ser humano. O que eu tenho de melhor para oferecer para mim e para o mundo que me cerca.
Equilibrio é a palavra. Um pouco de cada coisa. Não dá para comer brigadeiro a vida toda, nem espinafre. Um pouco dos dois é bom. E um pouco de sabedoria com uma pitada de bom senso é o fundamental.
Não ser a melhor da sala me fez descobrir que não existia nada demais nisso, apesar das cobranças dos amigos e dos outros pais (não os meus). Não ser a melhor da sala me fez despertar em mim mesma que em alguma coisa eu era boa ou ótima. Instrutora de auto escola nem pensar, professora de Química nem amarrada, mas escritora quem sabe.
 E eu hoje sei que fiz o que pude, passei, me formei, tenho orgulho de mim.
Pena que a maturidade vem um pouco tarde. Mas se fossemos maduros tão cedo, perderíamos os momentos de maluquices, devaneios e loucuras. E como são bons. Mas acabam.
E já maduros podemos olhar para trás e saber que fizemos aquilo, exatamente aquilo que poderíamos ter feito. Que demos o melhor de nós.
E daí que tiramos uma nota baixa? Também aprendemos com elas. E que bom que temos algo para aprender.
E de tanto escrever na escola e nas faculdades de Psicologia e Pedagogia eu me apaixonei pela escrita. Perdidamente.
Já deixou de ser paixão e virou amor.
De aluna não tão boa, me tornei uma escritora e estou escrevendo meu primeiro livro.
E como é bom.
É a realização de um sonho.
Do papel para as prateleiras. Já imaginaram?
Tomara que sim.

Bjs no coração!


5 comentários:

  1. Que legal, que bom que voltou a escrever no blog, adoro!

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  2. Obrigada Elizangela, continue acompanhando!
    Bjs

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  3. Amei e compartilhei no face! Muito bom! Louca pela livro....:)

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  4. Também sou apaixonada pela escrita...Ler esse texto inspirou minha vontade de fazer meu livro também. Passar a colocar ordem nas letras e palavras que tanto venho adiando. Bjo linda!

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